A Polícia Marítima já apreendeu a embarcação de boca aberta que revirou com os seis jovens que iam à Fateja, numa viagem que por pouco não terminou em tragédia. O bote tem menos de três metros, é de madeira fibrada e não possui licença para navegar.
De acordo com informações recolhidas no Porto Grande do Mindelo, junto da Polícia Marítima, o bote foi apreendido e vai ser entregue ao Instituto Marítimo e Portuário, que emitirá um despacho sobre as medidas que serão tomadas. Mas é quase certo, segundo o agente da PM de serviço, que será aplicada uma multa ao proprietário do mesmo, tendo em conta que o bote não possui identificação.
Uma fonte do IMP frisa que “os jovens infringiram todas as regras marítimas. Não tinham licença, o barco era pequeno demais para o número de ocupantes e havia pessoas que não sabiam nadar. Mesmo assim, não havia salva-vidas a bordo”.
Quanto à denuncia de omissão de socorro por parte da Polícia Marítima, a nossa fonte garante essa situação efectivamente não aconteceu. Segundo o agente da PM, logo que receberam o alerta deslocaram-se ao local com um barco, mas os jovens já estavam em terra firme e as condições do mar não permitiam uma aproximação. “Fizeram-nos sinal que já estavam em terra. Então optamos por regressar à base porque as condições não eram boas”.
Este facto é confirmado pelos jovens que estavam no bote. Ednei Fortes Gonçalves garantiu ao asemanaonline que nunca acusaram a PM de negligência nem de omissão de socorro. “Já estávamos no lajedo a salvo quando accionamos a PM para nos ajudar a recuperar o bote. Como a polícia demorou, entramos no mar e conseguimos arrastar o bote para o lajedo”.
Os jovens desmentem ainda que um deles não sabia nadar. “Todos nós sabemos nadar. Aliás costumamos sair para pescar e mergulhar. Mas um estava com calças de ganga, que lhe dificultava os movimentos”.
22 de Setembro 2011
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