A conjuntivite viral que está a afectar o país desde meados de Setembro atingiu o seu pico na ilha de São Vicente, com o registo de cerca de 500 casos por dia, dos quais 250 são atendidos diariamente no Serviço de Oftalmologia do Hospital Baptista de Sousa. Os restantes são registados nos centros de saúde, pediatria e urgência do HBS.
Mas a directora do Serviço de Oftalmologia do HBS acredita que nos próximos dias a epidemia poderá iniciar uma curva descendente. “Pelo estudo de casos análogos em outros países, penso que já não vai aumentar”, afirma Francisca Inocêncio.
Segundo esta responsável, os sinais da doença apareceram em São Vicente em meados de Setembro, com o registo de cinco casos por dia em zonas como Bela Vista e Ribeirinha. De imediato, ficaram de prontidão, já que não era habitual.
“O período de doença é de cinco a sete dias. As pessoas ainda ficam com os olhos sensíveis por algum tempo. Estamos a aconselhar as pessoas a reforçarem as medidas de higiene colectiva e, principalmente, a não se auto-medicarem porque a conjuntivite é um vírus como a gripe ou o sarampo”, acrescenta a directora do serviço.
O problema, de acordo com esta responsável, é que as pessoas ficam zangadas por não serem medicadas. “Temos conversado com as pessoas e explicamos que não receitamos medicamentos porque não é necessário. A conjuntivite tem o seu tempo de evolução. E há riscos de alguns medicamentos, como as gotas com corticoídes, que não são adquiridos de forma apropriada e podem provocar complicações muito sérias”.
Daí o apelo para as pessoas não se auto-medicarem. Os únicos cuidados recomendados são lavar as mãos sempre e molhar os olhos com água tépida, ou seja, manter os olhos húmidos porque a conjuntivite provoca uma sensação de secura ocular. “Os únicos casos em que receitamos antibióticos é quando as pessoas estão sobre-infectadas”, remata Francisca Inocêncio.
FONTE: ASEMANA - http://www.asemana.publ.cv
06 de Outubro 2011
Sem comentários:
Enviar um comentário