João Gomes, presidente da Assembleia Municipal de São Vicente, pediu rigor na execução das obras que motivaram o Orçamento Rectificativo, após a aprovação do documento nesta quarta-feira, 30. Viabilizado com dez votos favoráveis dos deputados do MPD e a abstenção das bancadas do PAICV e da UCID, o OR vai permitir à CMSV pedir um empréstimo de 60 mil contos à banca para realizar a 3ª fase de obras "estruturantes" em São Vicente.
“Em nome dos munícipes e desta Assembleia quero pedir ao senhor presidente o máximo de rigor na execução das obras e dos instrumentos que agora a assembleia vai lhe dar. Esta Assembleia vai ficar na história como a que mais endividou o município de São Vicente e gostaria de ser recordado como o presidente da AN que mais endividou o município para o bem e não para o mal”, afirmou Gomes.
“Peço ao presidente e aos serviços administrativos que tenham mais atenção e rigor na cobrança dos impostos. Que venham as obras porque todos nós vamos ganhar com isso, mas a responsabilidade não é somente do presidente, é também dos 21 eleitos municipais que aprovaram o documento”, prossegue o presidente da AM de S. Vicente.
Entretanto, apesar de apelidar o documento de eleitoralista e considerar que a CMSV deveria ter feito um orçamento para o ano de 2011, os deputados do PAICV optaram pela abstenção porque “pensaram no povo em primeiro lugar”.
“Temos de reconhecer que são três obras de interesse para São Vicente. Nós nunca fomos contra essas obras, queremo-las. E apesar de serem eleitoralistas, pensamos primeiro em São Vicente e não votamos contra porque são de interesse para a ilha. Pensamos no povo e ele irá julgar a nossa posição”, declarou Baltazar Ramos, líder da bancada do PAICV.
Posição semelhante tiveram os eleitos da UCID, que, apesar de contestarem o orçamento rectificativo decidiram abster-se. “No contexto em que vivemos neste momento temos que pautar pela contenção e por isso votamos abstenção, dando o benefício da dúvida sobre o empréstimo que vai ser contraído. Abstivemos também porque não se pode apresentar o orçamento a 30 de Novembro a um mês do final do ano. Consideramos que a CMSV poderia apresentar o orçamento para 2012 e não o fez”, afiançou o líder democrata, João Luís.
Já Augusto Neves mostrou-se satisfeito por ver o seu desejo concretizado. “Obviamente que nós estamos muito satisfeitos e todas as bancadas foram sensíveis para com este projecto de grande importância para São Vicente. Além das cautelas, nós poderemos ter e teremos de melhorar a nossa capacidade de cobrança de impostos porque isso irá trazer mais receitas e investimentos à ilha”, declarou Neves, adiantando que lançará nos próximos dias concurso para a execução das obras.
FONTE: ASEMANA - http://www.asemana.publ.cv
01 de Dezembro 2011
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