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"PRESENTAÇOM"

Quem mi ê? Um fidje de Sanvcênte.
Nascide, crióde, lá na ponta d' Praia.
Lá ondê que mar tâ sparajá debóxe de bôte,
moda barra dum saia.

Cs' ê que m' crê? Cantá nha terra!
Companhal na sê dor;
na nôbréza d' sê alma;
na pobréza d' sê vida!

Sérgio Frusoni

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DE AMBULÂNCIA A LANCHONETE

A ambulância mais bem equipada de Cabo Verde foi transformada numa lanchonete, num imbróglio que envolve a clínica Medicentro, a Associação dos Deficientes Físicos de Cabo Verde e a Alfândega do Mindelo. Este caso poderia estar morto e enterrado, mas foi reavivado pelo médico Andrés Hidalgo, gestor da Medicentro, que diz estar “triste” com a sorte deste hospital ambulante, que, como diz, foi bastante útil a S. Vicente, solicitada inclusivamente pelos bombeiros em situações de aperto.

Contudo, segundo Hidalgo, a ambulância, que chegou a ser considerada a “única” devidamente equipada em Cabo Verde por um médico estrangeiro que esteve a fazer um levantamento sobre este tipo de viaturas, agora “jaz” na cidade do Porto Novo como uma mera lanchonete. A viatura, diz Hidalgo, acabou por ser vendida pela Associação de Deficientes (Adef), a Alfândega do Mindelo interferiu considerando irregular a utilização da mesma com base num protocolo de cooperação entre a Medicentro e a Adef, assinado em Fevereiro de 2008. “Equipámos a ambulância com oxigénio, monitor cardíaco, óximetro, aspiradora, desfibriladores, kit de reanimação, etc. e ela passou a dar apoio comunitário à ilha de S. Vicente. Com base nesse acordo, dávamos consultas gratuitas às crianças deficientes da Adef e ainda oferecíamos um contentor de cadeiras de rodas anualmente a essa associação”, explica Hidalgo. Mas, acrescenta este clínico, o acordo acabou da pior forma devido a uma denúncia sobre eventuais irregularidades cometidas pela Medicentro, o que deu lugar a uma sindicância incisiva feita à clínica, envolvendo os ministérios da Saúde, Finanças e do Trabalho, que viraram do avesso as contas e os procedimentos da empresa.

Uma das questões que chamou a atenção dos inspectores, segundo Hidalgo, foi o protocolo com a Adef e que permitia à Medicentro explorar a ambulância da associação. O caso chegou ao conhecimento da Alfândega, que, segundo o médico, apreendeu a viatura sob a alegação de que teria de pagar um valor superior a mil contos de despacho, caso quisesse usá-la na prestação dos seus serviços. “Recusámos pagar esse valor”, diz Hidalgo.

A Alfândega do Mindelo agiu dessa forma, segundo o seu director Eduardo Rodrigues, porque foi dado um outro uso à ambulância, que foi despachada com isenção para poder servir a associação de deficientes. Explica que a utilização da viatura pela Medicentro carecia, nesse caso, de uma autorização formal desse serviço aduaneiro que nem sequer foi solicitada. “Agimos para repor a legalidade, pois estávamos pertante um caso que configurava um descaminho”, sublinha Rodrigues, deixando claro que, nas condições em que a ambulância foi despachada, não podia ser dada nem vendida pela Adef, sob pena de constituirem infracções. Clarifica que a associação só pode vender a viatura no prazo de dez anos, pelo que, se a Alfândega constatar que a mesma foi vendida para ser transformada em lanchonete, terá de agir em conformidade.

Abordado sobre esta polémica, o presidente da Adef, David Gomes, começou por desmentir que a ambulância tenha sido vendida. “Realmente, ela agora é uma lanchonete, pertença da associação, porque ela foi-nos devolvida pela Medicentro sem os equipamentos e, até, sem bateria! Aquilo não era uma ambulância, mas sim uma carcaça. Como não temos condições para a equipar e explorar, transformamo-la numa lanchonete, cujos rendimentos são usados para ajudar as crianças da Adef no Porto Novo”, esclarece Gomes, que se mostrou incomodado com o facto de a Medicentro trazer este caso à baila. Segundo Gomes, esse protocolo estava a beneficiar quase que exclusivamente a Medicentro, daí não ver razões para Andrés Hidalgo vir falar de um assunto em que devia estar calado.

KzB

FONTE: ASEMANA - http://www.asemana.publ.cv/
27 Junho 2012

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