A falta de manutenção nos equipamentos da Electra, que já vai em 15 meses além do prazo e o alegado desvio de um dessalinizador novo para a cidade da Praia em troca de um usado podem provocar cortes no fornecimento de água e energia em São Vicente a qualquer momento. Enquanto isso a direcção da Electra na região norte “está em reunião” e não presta esclarecimentos.
A ameaça de apagões neste verão pode tornar-se na dor de cabeça dos sanvicentinos. Os cortes de energia na ilha do Monte Cara, pão nosso de cada dia na Cidade da Praia, ainda só não aconteceram graças à energia renovável da Caboeólica injectada na rede, mas a situação poderá “desarranjar-se” nas próximas semanas.
De notar que o parque eólico da Selada do Flamengo foi inaugurado em Setembro do ano passado e injecta na rede até 20 por cento das necessidades energéticas da ilha, através das sete turbinas com capacidade instalada de seis megawatts (mw). Entretanto, “a situação energética está por um fio”, afiança a mesma fonte.
Uma das razões para esta situação delicada da Electra em São Vicente prende-se com a falta de manutenção das centrais de produção que deveria acontecer de sete em sete meses. Só que já estão há mais de 15 meses sem receber a necessária manutenção por falta de verbas e peças sobressalentes.
Um responsável da produção de energia, que avançou não falar em nome da empresa, afirma que realmente não há uma manutenção de fundo no sistema mas sim reparações pontuais; porém, acredita que "isto não deverá afectar significativamente" a distribuição de energia.
Outro motivo apontado para o possível problema de água na ilha é a alegada “transferência” de um dessalinizador de cinco mil toneladas, que foi comprado e pronto para ser instalado em São Vicente. A máquina foi “desviada” para a cidade da Praia e São Vicente recebeu em troca uma outra, já usada, de apenas1500 toneladas.
FONTE:
A NAÇÃO - http://www.alfa.cv
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