A primeira pedra do empreendimento turístico e imobiliário “Baía de João d´ Évora” é lançada nesta quarta-feira, 19, numa cerimónia que contará com a presença do Ministro da Indústria, Turismo e Energia, Humberto Brito, e do presidente da Cabo Verde Investimentos, José Duarte. Este acto, que ganha relevância devido a forte retracção do sector em São Vicente, será precedido da entrega à Câmara Municipal do Parque Infantil da Praça “Nhô Roque”, um projecto orçado em cerca de 20 mil contos, oferta do Talboom Group à ilha como contrapartida.
O empreendimento Baía João d’Évora vai ser desenvolvido em 8,43 hectares de terreno, cedido pelo Governo ao grupo belga Talboom por um período de 60 anos, podendo ser prorrogada por períodos de 30 anos. No terreno serão construídos 400 “guesthouses”,ocupando uma área de 400 hectares.
Na praia de João d’Évora será construído um beach bar desmontável, também privilegiando o uso de materiais leves, amovíveis, e assentes em estacas, sendo que as obras serão executadas pelas empresas Devotal e a Spencer Construções com mão-de-obra local, explica o arquitecto Frank Damman, realçando que o projecto será desenvolvido em três fases. E o mais importante é que a praia será aberta aos mindelenses. "Entre infra-estruturas e serviços pensamos empregar em dez anos mais de 10 mil pessoas, directa e indirectamente", acrescenta.
Na primeira fase do projecto, serão construídas 115 casas, na segunda 200 e igual número na terceira fase. O grupo vai ainda construir um pontão flutuante com capacidade para receber 12 embarcações de recreio dos seus hóspedes, sendo que, para isso, vai investir num quebra-mar para a protecção da praia. Em contrapartida, a Studiebureau Talboom Group vai pagar anualmente 20 escudos por metro quadrado de terreno, ou seja, 1.706 contos.
São obrigados ainda a construir uma estrada asfaltada que liga a cidade à zona da Baía de João d’Évora, garantir o saneamento da área e colaborar com as autoridades marítimas portuárias e fiscais na manutenção da segurança e vigilância na referida área concessionada. Em termos de ganhos para o país com estes projecto, o investidor Jan Talboom destaca o facto das casas poderem ser alugadas durante o ano inteiro e de serem taxadas pelos poderes local e Central.
"Estamos a falar de de cerca de nove milhões de euros. Iremos disponibilizar também serviços de segurança e entretenimento, que são pagos. Só estes deverão render quatro milhões de euros por ano. Temos ainda os serviços de aluguer de barcos, pesca, etc. A nossa estimativa é que cerca de 40 mil euros de investimentos indirectos que poderão ser taxados. A TACV também fará todos os voos. 35% dos nossos utentes vão utilizar a companhia aérea de Cabo Verde", afirma.
Antes do lançamento da 1ª pedra, o grupo entrega à Câmara um parque infantil edificado na Praça "Nhô Roque", Avenida Marginal, obra que custou mais de 20 mil contos (200 mil euros). Os promotores do Baia João d’ Évora dizem que o parque é "para agradecer aos sanvicentinos pela oportunidade de investir na ilha".
A escolha de Cabo Verde para o investimento justifica-se pela sua proximidade à Europa, estabilidade politica e social e por ter um turismo ao longo do ano.
Sem comentários:
Enviar um comentário