O grosso dos equipamentos para a Plataforma de Frio de São Vicente deverá chegar ao Porto Grande dentro de duas semanas. O Secretário de Estado dos Recursos Marinhos (SERM) assegura que este projecto “chave-na-mão” estará concluído no segundo semestre de 2014, para lançar o sector das pescas de Cabo Verde no circuito internacional. “O complexo de frio foi pensado no quadro do Cluster do Mar e da estratégia do Governo de transformar a ilha de São Vicente num centro de transbordo de pescado”, aponta Adalberto Vieira.

A Plataforma de Frio de S. Vicente finalmente vai tornar-se realidade, para alívio dos operadores económicos, autoridades nacionais e locais. As obras na parte física da estrutura começaram em Fevereiro ultimo e avançam a bom ritmo. Enquanto isso, equipamentos já vêm a caminho, devendo desembarcar na ilha dentro de duas semanas. São câmaras para conservar peixe fresco e congelado; túneis de congelação rápida; tanques de conservação por salmoura; equipamentos para produzir gelo; linhas de processamento de tunídeos e pescado variado. Também devem chegar câmaras para conserva de fruta, verdura, vegetais, carne e produtos lácteos.
O Secretário de Estado dos Recursos Marinhos, Adalberto Vieira, explica que este complexo de frio terá duas câmaras de congelação de tunídeos com capacidade para mil toneladas, para além de uma câmara de 40 toneladas para armazenar pescado fresco e refrigerado direccionado para o mercado local. “Terá ainda câmaras para conservar produtos provenientes da pesca artesanal (375 toneladas), para tunídeos processados (300 toneladas), fruta e verdura (84 toneladas), lácteos (84 toneladas), vegetais (189 toneladas) e carnes (378 toneladas)”, detalha o governante.
Pela envergadura do projecto, a Plataforma de Frio de S. Vicente já é vista como um centro nevrálgico de desenvolvimento da ilha nos próximos tempos. É que disponibilizará espaço para conserva de produtos importados mas também da produção local proveniente, por exemplo, do agro-negócio. Isso alargará as hipóteses dos operadores da Região Norte colocarem os seus produtos nos mercados do Sal e da Boa Vista, ilhas propícias a essa exportação inter-ilhas dado o grande fluxo de turistas.
A Plataforma de Frio de S. Vicente funcionará num complexo de quatro edifícios – um deles destinado a escritórios –, que vai substituir a Interbase, destruída num incêndio a 9 de Setembro de 2008. O custo global do projecto – estrutura e equipamentos – é suportado financeiramente pelo Reino de Espanha no valor de 12.783 milhões de euros (quase um milhão e meio de contos). Perspectiva-se que vá empregar 300 pessoas.
Se a estes postos de trabalho se juntar os que vão ser criados pelo Island Seafood ( ver texto página ao lado) e por outros projectos que, embora de menor envergadura são também importantes, num horizonte de cinco anos o sector das pescas em S. Vicente vai dar emprego a mil pessoas.
FONTE: ASEMANA - http://www.asemana.publ.cv
05 Junho 2013
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