A Cabnave arrisca-se a ter de indemnizar o armador do navio Darya, num montante que poderá ultrapassar os dezoito mil contos. Isto, se o Tribunal Cível de São Vicente concordar com os argumentos apresentados pela empresa proprietária da embarcação, que intentou uma acção contra a Cabnave por incumprimento de um acordo para reparação do navio.
O caso, conforme apurou este jornal, remonta a Setembro de 2009, data em que o navio foi içado à doca para passar pelas reparações acordadas com o armador. Mas os trabalhos arrastaram-se no tempo, longe dos 30 dias que Darya jura ter acordado como prazo junto dos estaleiros navais de São Vicente. Da sua parte, a Cabnave alega que não costuma estabelecer prazos fixos antes de avaliar toda a extensão do serviço solicitado.
Conta o armador que, inicialmente, a empresa de reparação naval terá pedido sete mil contos pelos trabalhos. Depois essa cifra desceu para pouco mais de quatro milhões de escudos. Mas, no final, terá apresentado uma factura de dezasseis mil contos pela reparação feita ao navio.
Inconformada com o valor da facturação, Darya negou pagar, o que levou a Cabnave a reter o navio, que não saiu da doca. Pensando que a razão está do seu lado, Darya levou o caso às instâncias judiciais e está a pedir uma indemnização superior a dezoito mil contos, pelos prejuízos financeiros causados de 2009 a esta data.
O processo deu entrada no 1º Juízo Cível de S. Vicente este ano e tudo indica que está a seguir os seus trâmites com alguma celeridade. Esta segunda-feira, o juiz Simão Santos apresentou os factos provados na audiência de julgamento aos advogados – acusação e defesa. Estes concordaram com a interpretação do magistrado na maioria dos quesitos e agora têm um prazo para prepararem as suas alegações, e esperam pela sentença do Tribunal de São Vicente. Isto se antes as partes não chegarem a um acordo.
17 Julho 2011
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