A empresa de entretenimento Caravela organizou no passado sábado, 07 em São Vicente, uma festa na Baia das Gatas com capacidade para cerca de 2500 pessoas. O facto é que mais de o dobro dirigiu-se à Baia das Gatas com intenção de participar na festa mas, cerca de duas mil pessoas ficaram-se pela vontade. As enormes e lentas filas impediram a entrada na grande tenda montada para o efeito e levaram à revolta do público que já tinha pago o bilhete.
Centenas de pessoas abandonaram as filas e preambulavam pela Baia das Gatas na madrugada de sábado para domingo, irritadas com a organização que agendou o evento para as dez da noite e às três da manhã ia já com a festa bem andada mais de metade do público não tinha sequer colocado os pés na tenda electrónica.
“Isto até parece o festival da Baia das Gatas, de tanta gente que aqui está. Obviamente que venderam mais bilhetes do que a lotação do espaço que tinham”, reclamava um casal que tinha desistido de estar na fila e optado por passear pela praia e regressar à cidade.
Em lugar da promessa de muita diversão até de manhã as pessoas, que adquiriram os seus ingressos na cidade do Mindelo, sentiram-se ludibriadas e desrespeitadas no seu direito pois sequer conseguiram a devolução do dinheiro.
“É uma vergonha o que está a acontecer aqui. Nós somos sete, quantos setecentos escudos estão aqui? Poderíamos ter ficado na cidade”, reclama um grupo de jovens. “É uma falta de respeito principalmente para estes jovens, muitos estudantes, que não trabalham e que de certeza tiveram que se esforçar para conseguir a quantia do bilhete. Foi um autêntico fiasco”, desabafava um mindelense mais revoltado.
As atracções internacionais e de destaque da noite, os angolanos Big Nelo, Petty e Puto Prata, marcadas para actuar por volta das zero horas, às duas da manhã ainda não tinham pisado o palco.
“A sorte deles é que o povo mindelense é pacífico porque se todos aqui se revoltassem e forçassem a entrada no recinto seria um desastre. Ainda para mais se tratando de uma tenda que pode ser danificada rapidamente com uma arma branca. Nem todos os agentes da polícia aqui presentes poderiam controlar as pessoas que são em muito maior número ”, reclamou outra fonte que acrescentou que a Associação de Defesa do Consumidor, ADECO, deveria intervir nestes casos e obrigar as empresas a devolver o valor dos bilhetes.
Contactamos via telefone por várias vezes um dos organizadores do evento para esclarecer o que terá falhado, mas não obtivemos resposta.
SRR
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